Em Pau dos Ferros, Conselho de Psicologia do RN discute inclusão de PcD e produção de documentos

21 ago Em Pau dos Ferros, Conselho de Psicologia do RN discute inclusão de PcD e produção de documentos

A Jornada de Psicologia do Rio Grande do Norte 2023, atividade do Conselho Regional de Psicologia do estado (CRP-17/RN), chegou no município de Pau dos Ferros na última quinta-feira (17). A programação foi composta de uma oficina sobre produção de documentos psicológicos e uma mesa-redonda que tratou da inclusão de Pessoas com Deficiência (PcD) na Psicologia.

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A mesa-redonda lotou o auditório da Faculdade Evolução, foi um momento marcante e que reuniu três pessoas psicólogas e uma estudante de Psicologia da instituição. A troca de experiências e a atuação da Psicologia enquanto ciência e profissão, tudo isso do ponto de vista de pessoas PcD, foi o centro da explanação. A atividade foi mediada pela Conselheira do CRP-17/RN, Kimberlly Lira de Carvalho (CRP-17/3937).

A psicóloga Rafaela Conceição Olegário (CRP-17/3009), participante da mesa, convive com a surdez e é interprete de libras. Ela contou sobre seu processo pessoal com a deficiência e trouxe algumas reflexões pautadas nos documentos do Sistema Conselhos de Psicologia. Já o psicólogo Aedno Dantas de Lira (CRP-17/4556), cego desde os cinco anos de idade, trouxe no seu relato as dificuldades enfrentadas no seu processo educacional ao longo dos anos, até chegar à pós-graduação.

O profissional, que atualmente é psicólogo clínico em uma clínica particular em São Miguel e servidor público no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do município de Venha-Ver, lembrou de quando ingressou na universidade e do início de sua atuação no atendimento clínico em Psicologia. “Tive a oportunidade de contar com o apoio de colegas, professores e funcionários da Faculdade Evolução na minha formação acadêmica de psicólogo, o que me permitiu ser o primeiro psicólogo cego da região”, relembrou Aedno.

“No meu primeiro atendimento, ainda nos estágios curriculares, me senti inseguro em um certo momento”, contou o psicólogo. “Mas a recepção de um dos meus primeiros pacientes fez isso mudar. Ele compartilhou que, o fato de eu não enxergá-lo, o fazia se sentir menos tímido e mais a vontade, o que foi muito importante no processo terapêutico”, complementou Aedno. A estudante do 8⁰ período de Psicologia, Dayane Ferreira, completou a mesa-redonda e reforçou “a importância da acessibilidade para além de normas e leis, mas na vivência diária de todas as pessoas”.

Documentos Psicológicos
A Jornada de Psicologia do RN ainda contou com uma oficina que tratou da produção de documentos, que são parte da rotina de profissionais de Psicologia em diversas áreas de atuação e teve como fundamentação a Resolução do Conselho Federal de Psicologia de n⁰ 06/2019.

Conduzida pela psicóloga Luana Reis Metta (CRP-17/3045), a oficina serviu como um espaço para elucidação de dúvidas e exemplificação de situações que envolviam a necessidade de produção de determinados tipos de documentos, bem como suas semelhanças e diferenças. O momento foi mediado pelo conselheiro Francisco Rômulo Raulino Santos (CRP-17/3125).