31 ago Jornada do CRP-17 se encerra com a presença do presidente do Conselho Federal de Psicologia
Após percorrer os municípios de Santa Cruz, Mossoró e Pau dos Ferros, a Jornada de Psicologia do RN 2023 encerrou suas atividades na capital potiguar. Promovida pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Norte (CRP-17/RN), em Natal, nos dias 23, 24 e 25 de agosto, a programação tratou de temas relevantes para a categoria.
No dia 23 de agosto, foi realizada uma roda de conversa sore ética e publicidade na Psicologia. A mesa foi composta pela psicóloga e profissional de comunicação social, Bruna Marques Filgueira (CRP-17/5370) pelo orientador fiscal do CRP-17, Alysson Zenildo Costa Alves (CRP-17/0920) e a mediação da mesa-redonda foi feita pela membro colaboradora do Comissão de Orientação e Ética do CRP-17, Maria Eugênia de Souza Soares (CRP-17/5420).
O encontro tratou da Nota Técnica sobre Uso Profissional das Redes Sociais: Publicidade e Cuidados Éticos (Nº 01/2022), do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Alysson discutiu com os presentes sobre o tema, destrinchou o conteúdo da nota e tirou dúvidas variadas sobre como uma profissional da Psicologia deve se portar nas redes sociais. Já Bruna, detalhou sua experiência pessoal enquanto psicóloga e como tem feito para seguir as recomendações do CFP sobre o uso da publicidade nas redes sociais e outros meios.
Na última quinta-feira (24), a Jornada para uma roda de conversa, o representante do colegiado do Sistema de Avaliação de Práticas Psicológicas Aluízio Lopes de Brito (SAPP), Jeferson de Souza Bernardes (CRP 15/2491). Na ocasião, os participantes do evento puderam entender como funciona o sistema criado pelo CFP, que avalia práticas submetidas ao Conselho e que podem ser associadas ou não à Psicologia.
“O sistema surge muito em função de uma demanda da própria categoria, demanda essa que chega fortemente nos
conselhos regionais, de dúvidas, inseguranças e incertezas em relação à determinadas práticas, se são práticas que podem ser associadas ou são compatíveis com o exercício profissional da psicologia”, explicou Jeferson. “Então, o sistema tenta abrir o diálogo para orientar, qualificar o exercício da profissão, fazer conhecer as práticas que existem e são associadas historicamente ou não à Psicologia. Eu chamaria de um dispositivo de cuidado, não corrigimos, não é punitivista, o que avaliamos é a compatibilidade de práticas mediante três dimensões: científica, técnica e ética”, complementou o psicólogo.
Garantia do trabalho qualificado na psicologia
Na sexta-feira, 25, o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Gastalho de Bicalho (CRP 05/206077), foi o convidado para o encerramento da jornada, e abordou a luta para a garantia do trabalho qualificado na Psicologia, que está muito ligado a incidência do próprio Conselho nas discussões políticas.
“Os conselhos de psicologia, sejam regionais ou federal, eles produzem a articulação de coletivos para a luta, coletivos que abrangem o executivo brasileiro, o legislativo, os psicólogos e as instituições de ensino superior”, destacou o presidente. “Todas essas instituições juntas, elas vão produzindo melhor organicidade para a luta, que é exatamente a luta por transformação da psicologia que se faz nesse país, e assim a transformação do próprio país”, enfatizou Bicalho.
Para o presidente, a luta precisa ser coletiva e eventos como a jornada são essenciais para orientar os futuros profissionais. “A formação de um psicólogo não se resume à graduação, eventos como este produzem continuidade aos psicólogos, também garante a orientação necessária para que eles entendam a função dos conselhos profissionais, e entendam a importância da Psicologia ser uma profissão regulamentada no Brasil”, apontou.
Segundo a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do CRP-17/RN, Luana Cabral (CRP 17/2509), mediadora da conferência de encerramento da Jornada, a presença do presidente do CFP no evento só reforça a preocupação do Conselho do RN com a qualificação da atuação dos profissionais de Psicologia, ao proporcionar debates de qualidade e reflexões importantes no contexto que atuam.
“Não poderíamos encerrar de outra forma, se não fosse a presença de alguém que representa também o que queremos da Psicologia, que é muito alinhado com as pautas que defendemos: uma ciência e profissão que seja antirracista, anticapacitista e antimachista, é essa sociedade e Psicologia que queremos construir”, finalizou
Fotos de Fernanda Dias
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